quinta-feira, outubro 21, 2004

Sem e-mail

Meu e-mail foi cortado. Vocês têm idéia do que isso significa? Estou desde ontem à noite sem saber quem me enviou mensagens. Claro que a maioria é SPAM, como sempre. Mas não importa. No emaranhado de propagandas indesejáveis pode haver uma, duas, talvez três mensagens particulares. E não posso lê-las. Fico aqui, angustiado, pensando: será que ela me escreveu hoje?

O motivo do corte? Simples: estou com o pagamento em atraso. Se tivesse pago no dia, seria um procedimento simples, via sistema. Assim, terei que me deslocar até a Procergs, cujo atendimento fecha ao meio-dia e encerra às 5 e meia da tarde, para pagar 19 reais. Ora, não deveria ser assim. Queria um provedor que me entendesse e me aceitasse como eu sou. Um relacionamento saudável tem que ser sem cobranças.

Não bastasse o horário incompatível, eta lugarzinho fora de mão essa Procergs! Indo a pé, tenho que caminhar por toda a Borges até o Viaduto dos Açorianos, atravessar a perimetral (de preferência na sinaleira para pedestres), dirigir-me até a entrada do prédio redondo (que, pra complicar, não coincide com a entrada do portão principal), me identificar na portaria, receber um crachá, subir dois lances de escada, caminhar um pouco no corredor para só então chegar no setor financeiro. Aí, feito o pagamento, eles prometem que em 15 minutos o acesso estará restabelecido. Na prática, quase sempre eu tenho que telefonar e reclamar para ter o e-mail restaurado. Isso, é claro, depois de percorrer o caminho inverso. Tá, eu sei, a caminhada faz bem. Pelo menos isso.

Se alguém me mandou e-mail hoje pela manhã e não teve resposta, já sabe por quê. Se me mandou outro sinal e não foi correspondido, aí nem eu sei explicar. Infelizmente existem outros tipos de conexões bem mais complicados, fora de nosso controle, que não se resolvem com o pagamento de uma dívida vencida.