terça-feira, novembro 09, 2004

Feira do Livro

Ontem dei uma passada rapidíssima na Feira do Livro. Fui direto nas livrarias especializadas em dicionários e livros de referência em inglês. Sempre acabo comprando alguma coisa, não adianta. E isso que nem percorri as barracas das livrarias não-especializadas. Não sei por que, mas sempre estou com pouco dinheiro na época da Feira. Talvez haja um lado bom nisso. Se a Feira acontecesse logo após o meu décimo-terceiro, como seria? Sobraria algum centavo para pagar as contas?

É bonito ver o quanto a Feira cresceu, hoje ocupando toda a área da Praça da Alfândega e quase transbordando. E a cobertura era necessária, pois sempre chove muito nesta época do ano. Mas eu confesso que sinto saudade do tempo em que a Feira acontecia a céu aberto. A cobertura deu uma sensação de clausura, de ambiente fechado, reforçado pela multidão que circula entre as barracas. Talvez antigamente eu tivesse tempo de ir à Feira nos horários menos tumultuados.

Hoje a maioria das barracas começa a atender pouco depois do meio-dia e não mais às 5 da tarde, o que eu acho uma estratégia inteligente. Afinal, muita gente circula pelo centro na hora do almoço. Em compensação, eu sou do tempo em que a Feira abria no domingo de manhã. Já aconteceu de eu me esquecer de que hoje isso não mais acontece e ir até lá cedo demais.

Pensando bem, todas as empresas deveriam dar um "abono Feira do Livro" em outubro. Ou "ticket Feira do Livro". Algo que só pudesse ser gasto na Feira, para evitar a tentação de usar o dinheiro para comprar comida ou pagar contas atrasadas.