quinta-feira, dezembro 30, 2004

Divagações de fim de ano

Não se fazem mais dezembros como antigamente. Acho que todas as crenças, superstições, dogmas e normas de vida em que eu acreditava piamente expiraram no final do milênio anterior. Agora tenho que reaprender tudo, como se nascesse de novo. Será que a terra ainda é redonda? O pôr-do-sol eu já vi que continua no mesmo lugar.

Hoje me dei alguns presentes, para pagar em dez vezes. Como diz a minha irmã, nada como um banho de loja para levantar o astral. O problema é que um banho de loja por mês, mesmo para pagar parcelado, acaba gerando acúmulo de dívidas a longo prazo. Mas dá-se um jeito. Aliás, não posso me queixar. Tenho conseguido honrar meus compromissos. Difícil é achar tempo para ler os livros e olhar os DVDs que tenho comprado. Tive um pequeno consolo ao descobrir que não sou o único: a maioria dos compradores compulsivos de livros acumula títulos não lidos em sua prateleiras. Mas quem compra DVD, sofre do mesmo mal?

Nem acredito: as duas primeiras temporadas de "Perdidos no Espaço" são minhas para olhar quantas vezes quiser. (Será que vou ter tempo de olhar ao menos uma vez?) Viva a tecnologia! Quando lançarem a série "Batman", de 1966/67, acho que vou dar uma festa. Aproveitei e incluí no parcelamento também a edição especial de "O Dia Depois de Amanhã" e o obrigatório "Homem Aranha 2".

Vou passar o Ano Novo com meu filho, como é de praxe. Ele já está aqui. Só que desta vez eu não vou dormir antes da meia-noite, como nos dois anos anteriores. Ele ia deitar e eu acabava indo junto e pegando no sono. Desta vez, não. Quero estar acordado para fazer alguns desejos. Nada muito específico, que isso geralmente não dá certo. Digamos, que tudo dê certo em 2005. Como? Ah, isso Ele escreve certo por linhas tortas.

O ano de 2004 teve seus bons momentos. Mas podia ter sido melhor. Pelo menos não houve o desespero e a angústia do final de 2002 e boa parte de 2003. Conheci uma pessoa muito legal com quem, infelizmente, não consegui me acertar por inteiro. Mas o carinho ficou e as boas lembranças também. Então bola pra frente, 2005 vem aí, estamos vivos, inteiros e cheios de ânimo para, como disse o prefeito eleito Fogaça em campanha, "manter o que está bom e mudar o que está ruim". Eu não votei nele nessa eleição, mas gostei do slogan. Se deu certo pra ele, há de funcionar pra mim, também.