segunda-feira, agosto 30, 2004

Pensamento da hora

Não é que eu seja desorganizado, é que o mundo em três dimensões é limitado demais para minha complexa visão organizacional.

As meias

De manhã, quando abro minha gaveta de meias, fico impressionado com as variações de tom que podem existir de uma mesma cor. De azul até se entende. Mas preto? Ora, preto deveria ser apenas preto! Mas não, existe o mais preto, o menos preto, o mais ou menos preto... Às vezes chego a tirar da gaveta cinco pés de meia de cor preta, todos diferentes um do outro! Se consigo juntar dois de cores iguais... o comprimento é diferente!

Meia de homem deveria ser tudo igual. Alguém olha para meia de homem? Alguém consegue enxergar meia de homem? Com certeza você nunca ouviu alguém dizer a um homem: "Bonitas as suas meias!" Também nunca deve ter escutado um comentário assim: "Como Fulano se veste bem! As meias, então..." Nem na intimidade as meias são notadas. Em geral, elas são jogadas para bem longe, com votos de que levem consigo todo o chulé.

Pensando bem, as meias foram feitas para passar despercebidas. Se ninguém lembra das meias que você usou ontem, é sinal de que escolheu bem. Se lembram, bom, aí alguma coisa saiu errada. "Você viu as meias do Fulano? Que ridículas, hein?" As meias também aparecem quando você não quer que elas apareçam. Aí elas só faltam brilhar no escuro. "Você reparou que as meias do Beltrano estavam rasgadas?" Ou: "Já notou que o Cicrano está usando meias diferentes?" Se suas meias continuarem chamando muito a atenção, não custa também dar uma verificada no comprimento das calças.

Em suma, as meias são o paradoxo da indumentária masculina: é a única peça de roupa que você tem que escolher bem para ninguém notar.

sexta-feira, agosto 27, 2004

Palavras verdadeiras, autores falsos


Rosana Hermann escreveu...

...mas foi Herbert Vianna quem recebeu os aplausos.

É impressionante a quantidade de textos que circula pela Internet com autorias incorretamente atribuídas. O campeão dos "plágios involuntários", sem dúvida, é Luis Fernando Verissimo. Ele próprio já disse que não escreveu aquela crônica que compara música sertaneja a drogas, a qual inclusive considerou preconceituosa. Mas nem o desmentido publicado em sua coluna pôde conter a proliferação da autoria indevida. Assim também, sua assinatura já constou no texto "Tipo Assim", de Kledir Ramil. E em vários escritos de cunho humorístico ou, pasmem, poético. Até Mário Quintana já apareceu dando conselhos a casais, como se alguma vez tivesse abordado esse assunto em suas obras.

Ao inverso, a também gaúcha Martha Medeiros costuma ser a vítima: suas crônicas são distribuídas como sendo de outros. Martha tem um estilo lúcido e certeiro de discorrer sobre sentimentos do dia-a-dia, é impossível não gostar do que ela escreve. Muitas vezes tenho a impressão de que ela está dizendo o óbvio. Mas é um óbvio bonito, pertinente e que muitas pessoas não percebem. Para enxergar o simples e relevante em meio a um emaranhado de irrelevâncias é preciso inteligência e visão. Martha tem de sobra. E expõe suas idéias com clareza e objetividade. Idéias que acabam circulando com a assinatura de Miguel Falabella, Mário Quintana, Vinicius de Moraes ou outro nome mais famoso. Paulo Sant'ana, também do Rio Grande do Sul, já teve um texto seu sobre amizade divulgado como se fosse de Vinicius.

Recentemente, começou a se espalhar um comentário intitulado "Vaidade" tendo como autor o cantor Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso. Falava das conseqüências da lipoaspiração do vocalista Marcus Menna, do LS Jack, e fazia uma crítica ao excessivo culto à estética. A verdadeira autora, a jornalista Rosana Hermann, está indignada com o fato, como era de se esperar. O original foi publicado em seu blog (
http://queridoleitor.zip.net/), depois copiado, adulterado, atribuído a Herbert e agora se alastra furiosamente pela net. Em um post recente, Rosana questiona algo que eu muitas vezes também quis saber: quem faz este tipo de coisa e por quê? Qual a motivação para colher uma criação alheia e mudar sua autoria antes de divulgar? Garantir que será lida e apreciada? Apenas vandalismo virtual? É difícil entender.

Mas existe uma outra questão. Depois de tantos casos, já não seria hora de as pessoas desconfiarem quando recebem um e-mail assim? Eu, por exemplo, já consigo notar, com mínima margem de erro, quando um texto que me é enviado como sendo de Luís Fernando Verissimo realmente é ou não. Verissimo tem um humor refinado, sutil, criativo. Consegue ser divertidíssimo sem descer de nível nem usar palavrões. Já Mário Quintana tinha a pureza de uma criança. Nenhum dos dois jamais se pôs a dar conselhos de auto-ajuda, nem no amor, nem no modo de viver (talvez Verissimo a seus filhos, na intimidade do lar). No entanto, os internautas recebem essas falsas mensagens e simplesmente as repassam sem o menor critério. Ou pior: acrescentam observações como "só o Quintana para escrever algo assim" ou "sempre o Verissimo".

Lembro de um professor da Faculdade de Jornalismo que já havia ganho prêmios da Associação Riograndense de Imprensa por suas crônicas. Porém, as publicações sempre aconteciam em um pequeno jornal do interior. Na grande imprensa só lhe permitiam fazer a página policial. Assim como ele, devia haver muitos bons cronistas sem chance de divulgar seus trabalhos. A Internet democratizou a informação e abriu espaços também para os que estão fora de algum veículo específico, como jornal ou revista. Até agora, infelizmente, o único "reconhecimento" obtido pelos escribas independentes foi o de ver suas obras divulgadas em nome de outros. E como impedir, se já aconteceu até mesmo com Paulo Sant'ana, Kledir Ramil e Martha Medeiros, todos publicados em jornais e livros? Mas há algumas precauções que podem ser tomadas. Sempre que eu recebo um texto de autoria suspeita, aviso ao remetente sobre minha desconfiança. Se achar que é algo que merece ser distribuído, acrescento o alerta respectivo nos e-mails. E quando tomo conhecimento sobre o verdadeiro autor, transmito imediatamente a informação para quem enviou ou recebeu o plágio terceirizado. É a única forma de defesa nessa terra de todos e de ninguém que é a Internet.

quarta-feira, agosto 25, 2004

Pensamento da Hora

Uma pessoa burra nunca perde uma discussão.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Maioria no Orkut. E daí?

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Sinceramente, não consigo entender essa euforia pelo fato de os brasileiros estarem em primeiro lugar no Orkut. Se existisse realmente uma competição, uma gincana, alguma recompensa concreta, eu até compreenderia. Mas não, é apenas uma fantasia na cabeça de gente que percebeu que o Brasil estava subindo na estatística e resolveu promover uma campanha de convites em massa. Se ao menos os estrangeiros, em especial os americanos, tivessem comprado a idéia e entrado na disputa, eu também aceitaria. Mas aconteceu exatamente o contrário: a invasão brasileira afugentou os americanos. Então, que vantagem é essa de ganhar uma competição em que só existe realmente um querendo competir? É mais ou menos como a família dentro do carro na estrada e o garoto começa a dizer "passa dele, pai, passa!" E assim o motorista começa a ultrapassar e se torna vencedor de uma corrida que só existe na fantasia do filho dele.

Eu estou na Internet desde 1996 e costumo freqüentar sites de discussão em português e em inglês. Em geral, o pré-requisito para participar de discussões em inglês é fluência no idioma. Quem não é fluente mas tenta mesmo assim acaba se sentindo excluído e não fica muito tempo. É um processo de seleção natural. Já no Orkut, como a maioria esmagadora é de brasileiros, as comunidades em inglês foram tomadas por gente escrevendo metade em português, metade em inglês macarrônico. E como são maioria, não se sentiram excluídos nem um pouco. O resultado é que eu acabei saindo de alguns grupos, como Beatles, Pink Floyd e David Bowie, pois me senti constrangido de ver aquela brasileirada toda invadindo e corrompendo as normas de comunidades criadas por estrangeiros. Eu escrevia em inglês, mas me sentia estranho, pois quase todos os que respondiam - alguns em português - eram brasileiros. Se eu criasse uma comunidade em português, não iria gostar que começassem a postar mensagens em alemão ou sueco.

Mas também não concordo com essa visão maniqueísta que se está atribuindo ao Orkut. Tem gente mandando fazer camisetas com os dizeres "Não Estou no Orkut" ou "Não Tenho Nenhum Amigo no Orkut". Pra que isso? Ser chamado para o Orkut não é como ser convidado para a Amway ou a Herbalife, que irá mudar radicalmente a sua vida, conquistar sua independência financeira e torná-lo um homem rico. Também não é como o chamado da Igreja Universal, que irá curá-lo de todos os males, câncer, AIDS, alcoolismo, verruga, unha encravada, alergia, o que você tiver. É apenas um site a mais na velha e boa Internet. Teve o mérito de sistematizar num mesmo endereço várias coisas boas que já existiam espalhadas pela web, como grupos de discussão, por exemplo. E o fato de ele ter-se tornado um "site da moda" entre os brasileiros facilita o encontro de velhos amigos num lugar só.

Chega agora a notícia de que o Orkut está admitindo Coordenador de Suporte com fluência em português do Brasil. Isso mostra que os administradores do site estão sensíveis ao perfil de seus usuários e querem continuar fornecendo o melhor serviço possível. Existem também boatos de que será criado um Orkut em português. Imagino que será algo como já existe no Yahoo, em que os ambientes são separados por nacionalidade. Quem quiser se inscrever em grupos estrangeiros até pode, mas tem que percorrer um caminho mais longo, passando para o outro lado da divisa virtual. Quem está no site brasileiro só enxerga grupos do Brasil. Se isso for implementado no Orkut, será benéfico para todos. Porque o que acontece hoje é que o brasileiro vê uma comunidade com nome de "Beatles", "Rolling Stones" ou "Pink Floyd" e logo pensa "oba, é com essa que eu vou", sem se preocupar em saber a nacionalidade ou o idioma do grupo. Com a demarcação virtual de fronteiras, os brasileiros continuarão usando o site à vontade e os americanos terão espaço para crescer no Orkut no seu ritmo, convidando amigos de forma mais seletiva, como é o jeito deles. Considerando que o site foi criado nos Estados Unidos, é mais do que justo.

Comentários no Blog

Desde que este blog foi criado, os visitantes têm reclamado que só conseguem postar comentários se estiverem registrados, ou de forma anônima. Eu já tinha visto outros blogs do mesmo provedor com recursos diferentes de comentários e procurei me informar com uma amiga blogueira. Ela me disse que, para implementar comentários de forma mais ágil, eu teria que me inscrever em um "provedor de comentários" chamado HaloScan.

A que ponto chegou a especialização! Para criar este blog, vali-me dos serviços do BlogSpot. Para carregar fotos, como aquela minha que aparece lá em baixo, tive que instalar um programa chamado Hello. Agora, para os comentários, sirvo-me do HaloScan. Imagino que outras surpresas me aguardam nesta vida de blogueiro iniciante. Para mudar as fontes (caracteres) do blog, provavelmente terei que instalar o SuperBlogFontProvider. Para reordenar os posts, é só usar o BlogPostSorterPlus. E se um dia eu quiser trocar de provedor sem perder o conteúdo, não tem problema: basta digitar o nome do blog anterior e o novo no ExtraBlogConverter Tabajara!

A propósito, obrigado aos que postaram mensagens à moda antiga. E, ao mesmo tempo, desculpem pelo fato de, com o novo sistema, as mensagens de vocês terem desaparecido. É que eu não sabia que, para manter as mensagens antigas, eu teria que ter instalado o BlogMessageSaver 2004. (Brincadeira!)

quinta-feira, agosto 19, 2004

O Alho



Tudo começou num restaurante em que serviram frango desossado com e sem alho. Experimentei os dois e tive a chance de constatar o sabor especial que o alho acrescenta aos alimentos. Depois, fui descobrindo outras opções, como pizza de alho e óleo, massa com alho e óleo e um dos poucos verdes que realmente como com prazer: brócolis ao alho e óleo. Até que um dia a curiosidade foi maior e resolvi comer um dente de alho cru, para ver que gosto tinha. Chegaram a me sair lágrimas. Mas não me dei por vencido. Dei um tempo e tentei outras combinações, como alho com bolachas e tahine. Ou com maionese. Com patê de fígado. Certa noite cheguei a comer uma cabeça inteira de alho cru. Foi uma experiência inesquecível. Meus colegas também não esqueceram.

Eu costumo dizer que o alho é uma das poucas comidas que a gente segue desfrutando mesmo depois de engolir. Seu sabor continua se fazendo sentir por quase todo o aparelho digestivo. E a sensação de bem-estar é inigualável. Além disso, o alho tem várias propriedades benéficas ao organismo. Dizem que reduz o colesterol e previne câncer, enfartes, problemas arteriais, tromboses, derrames cerebrais, bronquites, insônia, resfriado e diabetes. Recentemente li em uma revista que também pode ser usado como repelente de mosquito. Sério! Nunca tinha ouvido falar, mas deve ser verdade. Se faz o mesmo efeito com pessoas, por que não com insetos?

Esse é o dilema dos amantes do alho. Sabem que, se se entregarem ao alimento de sua paixão, se tornarão "personas non gratas" por um período de pelo menos 24 horas. O mau odor se manifestará não apenas no hálito, mas também pelos poros. E não adianta acreditar em mitos: complementar o tempero com salsa, mascar hortelã, nada disso neutralizará o cheiro. Por isso mesmo, a ingestão de alho se reveste de uma condição quase ritualística, mística até. Algumas pessoas escolhem um momento estratégico para comer alho – sexta à noite, por exemplo – e depois se submetem a uma reclusão voluntária. Outras procuram encontrar um cônjuge ou cercar-se de amigos que comunguem de seu paladar. Pensando bem, assim como existem colônias de nudismo e centros budistas, poderia haver também um retiro gastronômico para consumidores de alho. De preferência longe da cidade. Se fosse na Grande Porto Alegre, poderia ser em Guaíba, por exemplo, um pouco adiante da Riocell.

Já procurei no Orkut alguma comunidade em português sobre alho, mas só o que achei foram títulos com aquela outra palavra com terminação idêntica. Em inglês (garlic), encontrei. Li histórias de companheiros que também enfrentam os mesmos reveses para não abdicar de suas iguarias regadas a alho. E descobri que existe um restaurante em São Francisco, nos Estados Unidos, que é uma espécie de meca para amantes do alho no mundo inteiro. Chama-se The Stinking Rose. Talvez o nome soe poético em inglês, mas a tradução literal é "A Rosa Fedorenta". Você comeria num restaurante com esse nome? O lema do estabelecimento é: "Temperamos alho com comida."

Há quem diga, não sem uma pontinha de sarcasmo, que é a minha predileção por alho que me faz estar no momento, digamos, disponível. Ora, não haveria de ser por isso. Até porque, é bom que se diga, tenho procurado disciplinar bem os horários e as quantidades para o consumo. Às vezes fico um mês ou mais sem comer alho. Não é algo que faça parte da minha dieta (?) regular. Aqueles episódios de ingestão de alho cru realmente aconteceram, mas aprendi a lição. Mesmo assim, pode haver recaídas. Ah, pode. Abro a geladeira e vejo aqueles dentinhos ali, sorrindo pra mim. O pote de patê de fígado ao lado. As bolachinhas tipo "club" no armário. E agora? Resisto ou não resisto? Vou me encontrar com alguém amanhã? Terei algum compromisso importante? Por que comer, por que não comer, por que comer, por que não comer... Às vezes a tentação é maior. Mas o arrependimento no dia seguinte é quase como o de uma ressaca.

quarta-feira, agosto 18, 2004

Corações na Porta

Hoje estava chegando em casa, subindo as escadas do prédio, quando vi a filha da vizinha, de dois anos e meio, na frente da porta do meu apartamento. Perguntei:

- O que houve?

Ela apontou para a porta, bem impressionada:

- Olha quanto coração!

A mãe dela riu e explicou:

- É que ela chama essas mosquinhas de asas arredondadas de "bichinho de coração".

Ora, quem diria! Havia corações me esperando na porta e eu pensei que fossem apenas insetos! Ainda bem que existem as crianças para nos ensinar a ver a poesia do mundo.

terça-feira, agosto 17, 2004

Eu li!

"Carlos Drummond de Andrade, num momento de rara inspiração - o que era freqüente em sua obra..."

(Essa saiu numa antiga "Revista da Net". Infelizmente não lembro a citação, mas a "inspiração rara que era freqüente" eu não consegui esquecer.)

segunda-feira, agosto 16, 2004

É assim mesmo

Sabem por que eu sempre vou me considerar um leigo em computação, mesmo com todos os cursos que já fiz? Porque nunca vou aceitar como normais essas constantes falhas do computador. Você está digitando no Word sem fazer nada de errado e recebe a mensagem: "Este programa executou uma operação ilegal e será fechado." O seu texto aparece ao redor da mensagem, mas você só pode olhar para ele inconsolavelmente. Ou, como disse uma colega, abanar um "tchau". Porque ele não pode mais ser salvo.

Eu cresci acostumado com aparelhos que me obedeciam cegamente. Gravador, videocassete, CD players, DVD Players, todos muito bem mandados. Eu não precisava cruzar os dedos antes de acionar um comando porque já sabia que tudo iria acontecer como planejado. Apertava "play", o aparelho tocava. "Stop", parava. "Rewind", rebobinava. "Fast Forward", avançava. "Eject", ejetava. Sem mistério e sem stress. Só exigia um mínimo de conhecimento de inglês. Já o computador quer ele mandar em mim. Tento executar um comando e não consigo. O expert sentencia: "Seu arquivo deve estar corrompido." Como assim? Já digitalizaram a corrupção?

Eu também sou do tempo em que se podia confiar cegamente em instruções da embalagem. Hoje você compra um software supostamente "compatível" com suas configurações só para descobrir depois que seria "aconselhável" ter um HD maior, mais memória ou um processador mais rápido. Com o tempo você acaba cedendo e se acostumando com as manias. Se abrir este programa, não abra o outro ao mesmo tempo. Se for dar um comando de "selecionar, copiar", feche a outra janela primeiro. Senão trava. Por quê? Ah, não sei, mas trava. Não adianta querer argumentar com o computador, convencê-lo de que não está fazendo o que deveria. Eu é que tenho que aprender a aceitá-lo como ele é, com todas as suas idiossincrasias.

Em geral, mesmo os especialistas já se deram por vencidos, embora não admitam. Frases como "só reinstalando", "é assim mesmo" e "você deveria ter feito cópia" são na verdade eufemismos para "eu também não sei resolver". Então, no fundo, o que separa os leigos dos profundos conhecedores é a aceitação dessas explicações. Os conceitos de "robustez" e "confiabilidade de software", tão apregoados por mestres da informática no mundo todo, foram para o lixo pelas mãos de Bill Gates. E nós é que sofremos com isso. Mas fazer o quê? É assim mesmo. Quem não conseguir entender isso, é leigo.

O IBOPE quer saber...

Eu juro que estas perguntas estão no questionário do IBOPE:

- Você usou creme dental nos últimos 12 meses?
- Você usou escova de dentes nos últimos 12 meses?
- Você usou desodorante ou antitranspirante nos últimos 12 meses?

E a melhor de todas:

- Você ou outra pessoa de sua casa utilizou papel higiênico nos últimos 12 meses?

sexta-feira, agosto 13, 2004

Eu ouvi!

"Queria que todos os dias fossem sexta-feira!"

(Um colega meu hoje na hora do almoço. Já eu preferiria que todos os dias fossem sábado, mas cada um, cada um.)

Pensamento da Hora

O pior chato é o que tem razão em sua chatice.

quinta-feira, agosto 12, 2004

Os homens estão sempre errados

Uma integrante do Orkut postou uma mensagem perguntando se as mulheres são complicadas e listando uma série de comportamentos da mulher que são sempre criticados. Pois eu bolei uma resposta na hora e faço questão de reproduzir aqui:

O HOMEM?

Se é carinhoso, é meloso.
Se é enérgico, é grosso.
Se pega leve, só quer sexo.
Se quer relacionamento sério, é grudento, sufocante, não larga o pé.
Se quer sempre, encara a mulher como objeto de prazer.
Se quer só de vez em quando, não comparece (ou deve ter outra).
Se veste roupas elegantes, é Mauricinho.
Se veste roupas descontraídas, é chinelão.
Se está em forma, é um babaca vaidoso que só pensa em malhar.
Se está fora de forma, é um gordão desleixado que não se cuida.
Se é inteligente, é muito formal.
Se é burro... bem, é um homem burro, ora!
Se é jovem, é muito gurizinho.
Se é maduro, é um velho.
Se toma a iniciativa, é inconveniente.
Se não toma a iniciativa, é um bundão.
Se não faz nada além do seu trabalho, é uma pessoa sem graça, que não se interessa por nada.
Se tem outros interesses ou atividades, "nunca tem tempo pra mim" ou "estou sempre em segundo plano".
Se nunca tem dinheiro, é pobre.
Se tem dinheiro... bom, AÍ É UM HOMEM PERFEITO EM TODOS OS SENTIDOS! Nunca ouvi mulher reclamar de homem rico!

quarta-feira, agosto 11, 2004


Variações sobre o mesmo tema. Em outras palavras: ESTE SOU EU! Posted by Hello

Pensamento da hora:

Quem gosta de mulher magra é costureiro.

terça-feira, agosto 10, 2004

Primeira mensagem

Ah, gente, desculpem esse lance meio egocêntrico de dar ao meu blog o nome de "Blog do Emilio Pacheco". Eu queria colocar só "Blog do Emilio", que é assim que todos me conhecem. Mas, como sempre, tive o cuidado de verificar se já não existia. Claro que existia! Pensei em outros nomes, mas não adianta, eu quero que este blog tenha a minha cara. Logo, nada mais natural que tenha o meu nome, ora bolas! Tenho muitas idéias na cabeça, adoro escrever e acho que vai dar pra fazer umas coisinhas bem legais por aqui. Sejam bem-vindos!