quinta-feira, novembro 01, 2007

Bem na hora da chuva

Eram dez horas da noite de ontem, eu já tinha até vestido o pijama (sim, eu uso), quando fiquei sabendo que faltava um item essencial na geladeira. O jeito foi trocar de roupa e aproveitar para ir ao supermercado, que fica perto, já que ele só fecha às 11. Só que, bem na hora, caiu um toró. Pensei: azar. É só ida e volta, vapt, vupt. Na volta tomo outro banho e troco de roupa.

E fui. Fiquei realmente impressionado. Era um temporal de filme, daqueles que a gente raramente vê ao vivo, pois fica em casa, bem protegido. Ou espera passar antes de sair. A chuva vinha maciça, levada pelo vento, dobrando postes e árvores. As ruas rapidamente se alagavam. Nem me preocupei em não encharcar os tênis. Lancei-me bravamente em minha missão. Chegando ao supermercado, vi várias pessoas paradas na porta, olhando inconsolavemente para a rua, como quem diz: "E agora?"

Comprei o que precisava e mais um pouco. Na volta, com uma das mãos ocupadas com as compras, restou-me uma mão só para manejar o guarda-chuva. Ainda bem que não encontrei nenhum conhecido pelo caminho, pois teria sido uma situação meio estranha. Só imagino ele perguntando:

- O que você veio fazer na rua, com essa chuva toda?

E eu, com a bermuda molhada, a camiseta toda respingada, protegendo-me da "cachoeira" pluvial, responderia:

- Buscar água...