sexta-feira, novembro 30, 2007

A grande noite

Sim, eu esperei por essa noite feito criança. Mas enquanto dirigia meu Gol desregulado que apagava em cada esquina no trajeto da Praia de Belas até o Bourbon Country - e bem na hora do pique, pois a sessão de autógrafos estava marcada para as 7 da noite - eu lembrava de um e-mail que recebi há cerca de um mês de Lucio Haeser, o autor do livro "Continental - a Rádio Rebelde de Roberto Marinho". Ele disse que a editora lhe pedira para escolher entre a Livraria Cultura ou a Saraiva, que fica no Shopping Praia de Belas. Respondi com sinceridade: eu ia muito na Saraiva, porque moro perto, mas a Cultura é uma livraria enorme, a maior de Porto Alegre. E ele, que há bastante tempo mora em Brasília, escolheu a Cultura. E assim, enquanto enfrentava o trânsito das 6 e meia, pensava: "Maldita hora ... Se eu tivesse dado força para a Saraiva, só precisaria atravessar a rua!"

Mas valeu a pena. O evento foi tudo o que se esperava. O pessoal da Continental compareceu em peso, assim como diversos músicos. Vocês podem ler mais detalhes
aqui, no site oficial de divulgação. Vamos às fotos:
Lucio Haeser, Francisco Anele Filho e eu. Anele foi fundamental para o projeto. Ele guardou as fitas da Continental sob seu teto por mais de 30 anos e providenciou a confecção do CD que acompanha o livro.


O redator Wladimir Ungaretti, que "matou" Jorge Mautner em 1975 (mais detalhes no livro), exibe com orgulho o seu Che Guevara. Aproveitei para pedir autógrafo também do pessoal que fez parte da história da rádio. Aqui está o Cascalho assinando o meu exemplar do livro. Beto Roncaferro, que tinha um programa à meia-noite só para tocar rock progressivo e pesado. Foi também um dos Discocuecas. Eu ao lado de Marcus Aurélio Wesendonk, locutor e diretor de programação da rádio. Ele era amicíssimo de meu irmão, João Carlos Pacheco, que também era locutor na emissora. Aliás, consideravam-se irmãos, também. Eu, Fernando Westphalen (Judeu) e Anele. Judeu foi o idealizador da Continental dos anos 70. Nossa geração deve a ele a idéia ousada que deu certo.Marina Lima, Clóvis Dias Costa (do Ritmo XX) e eu.Eu ao lado do músico Nélson Coelho de Castro. Foi ele quem deu meu e-mail para o Lucio e nos colocou em contato. Ele tem uma música no CD, "Magricela". Carlos Couto substituiu Anele em 1977 como técnico de som. Hoje ele é conhecido dos ouvintes do "Cafezinho" da Pop Rock. Eu e o locutor Wladimir Oliveira. José Fogaça compareceu no final da noite. Não como Prefeito, mas como ex-apresentador do programa "Opinião Jovem" e autor de "Testamento", que abre o CD na interpretação dos Almôndegas. Vejam a faceirice indisfarçável do Lucio com o sucesso do evento.Lucio, Cascalho, Fogaça e Hermes Aquino. Hermes está cantarolando "Guantanamo", parceria dele com Fogaça. Depois cantou um trecho de "Sexto Sentido", outra música dos dois, essa gravada por Fafá de Belém. Por sinal, Fafá estava se apresentando no teatro do Bourbon Country, num show em que só interpretava músicas de Chico Buarque.

Esse é o meu colega e amigo Leonel, que prestigiou a sessão de autógrafos a meu convite.
P.S. - Faltaram dois links importantes:
Livraria Cultura (para comprar o livro pelo site)
Comunidade da Continental no Orkut

2 Comments:

Blogger 😡 said...

Emílio, que idade o Clóvis Dias Costa tem?

10:28 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não tenho ideia da idade dele. Achei uma entrevista em que ele diz que começou "aos 13 anos, nos anos 60". Na Continental ele começou em 1969, ainda antes da mudança de estilo. Se em dezembro de 2021 eu vou fazer 61 anos, imagino que ele deva estar com 70 e poucos. Ou 70 e muitos, realmente não sei.

10:47 PM  

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