quarta-feira, setembro 01, 2010

E foi assim que tudo começou

Minha mãe gostava de contar que conheceu meu pai em uma visita de alunas do Colégio Americano à redação do Diário de Notícias, onde ele trabalhava. Sempre fazia questão de dizer que isso só aconteceu porque ela tinha o saudável hábito de estudar antecipadamente para as provas. A professora sabia disso e a convocou para a visita com a certeza de que não a prejudicaria para a prova do dia seguinte. Ela dizia também que o encontro havia sido fotografado e publicado no jornal.

Pois esta foto do Diário de 2 de novembro de 1941 pode ser a imagem história que eu tanto sonhava encontrar (cliquem para ampliar). Só o que me deixa em dúvida é o fato de que ela não confere com a descrição de minha mãe: ela dizia que ficou próxima do meu pai e não é o que se vê acima. Minha mãe é a primeira à esquerda das três que estão sentadas no centro. O nome dela é citado, mas erraram a grafia do sobrenome: o certo é Dreyer. Já o meu pai, Ivéscio Pacheco, é bem da direita, de pé, de perfil. Meu irmão também disse que o primeiro encontro deles teria acontecido na época da enchente em Porto Alegre, que foi entre abril e maio. Bem antes desta foto, portanto.

Se houve outra foto antes, eu vou acabar encontrando. De qualquer forma, aí está um registro histórico de meus pais no ano em que se conheceram. Agora vejam a notícia:

Minha mãe teve a honra de fazer a entrega da contribuição ao movimento citado. Observem que o título fala em "2º fruto concreto do movimento ginasiano". Desse encontro aí nasceriam quatro frutos concretos. Eu fui o último deles.