quarta-feira, março 15, 2017

Filmes, etc.

No último fim de semana, assisti ao filme "Kong, a Ilha da Caveira" não apenas em 3D, mas em cadeira D-Box. Achei o efeito interessante, mas penso que ficaria mais realista em produções próprias para o recurso. Acredito que deva ter ficado sensacional em "Terremoto: a Falha de San Andreas". A turma da minha idade deve lembrar que, nos anos 70, o outro "Terremoto" foi apresentado no sistema "Sensurround". Aqui em Porto Alegre, os assentos do cinema Cacique mal vibravam. Quem assistiu no Rio de Janeiro ou em outros países disse que lá o chão realmente tremia. No caso de "Kong", a cadeira vibrava até mesmo ao abrir de um canivete ou no clique de uma máquina fotográfica. Meio forçado. Quanto ao filme em si, sou fã do personagem, mas esse foi o mais fraco de todos a que assisti com o gorila gigante. Meu preferido continua sendo o de 1976, mesmo com os efeitos especiais superados e cheios de falhas.
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Outro filme que vi no fim de semana, este bem melhor, foi "Fome de Poder", sobre a origem do McDonald's e como um empresário inescrupuloso acabou comprando a empresa com métodos questionáveis. Já fui correndo procurar um bom livro sobre o tema. Achei três e os incluí em minha lista de desejos da Amazon. Apenas um deles está disponível em audiobook. Uma observação sobre a versão brasileira do filme: os letreiros, tanto do título quanto das informações finais, foram integralmente apresentados em português. Mas o tradutor se deixou levar por literalismos e falsos cognatos, traduzindo "dispute" como "disputa" e, mais grave, "eventually" como "eventualmente".
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Já comecei a ouvir o audiobook "The Long Way Home", de Saroo Brierley, no qual se baseou o filme "Lion". Um aspecto que o autor descreve longamente é a fome que ele e sua família passavam em sua infância, na Índia. Ele e seus irmãos catavam restos de comida, mendigavam e, em algumas ocasiões, até roubavam alimentos. Isso de certa forma explica a relativa facilidade com que ele, ainda criança, se adaptou à sua nova família na Austrália. Além do amor e da segurança que sua mãe adotiva lhe transmitia, Saroo deve ter percebido que nunca mais lhe faltariam boas refeições na hora certa. Vamos ver se isso se confirma mais adiante.
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No dia 6 de dezembro de 2007, anunciei aqui que estava fazendo a estreia de meu "computador novo". No caso, era o meu terceiro, mas o primeiro que eu adquiria na melhor configuração possível, sem concessões. Ou assim eu pensava. Infelizmente, nada se torna obsoleto mais rapidamente do que hardware e software. Crianças é que devem adorar essa efemeridade dos produtos. "Paiê, preciso de um computador novo, o meu não serve mais!" Já eu gostaria de poder continuar usando este aqui mais uns cinco anos, mas não é aconselhável. Ele está começando a nem ligar mais, às vezes. E quem conserta? Já dei uma chance a uma oficina e foi reprovada. Enfim, minha nova CPU já está aqui do meu lado, encaixotada. Estou feliz com a compra, mas sem muita pressa de fazer a instalação. Vai ser verdadeiramente uma "mudança digital". Mas vou ter que providenciar isso até sexta sem falta.