domingo, maio 13, 2018

Rita Pavone com todo o pique

Sendo a cantora Rita Pavone italiana, é de se estranhar que sua turnê se chame "Rita Pavone is Back" (Rita Pavone está de volta), em inglês. Mas o repertório apresentado ontem no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, deixou claro o porquê: ela interpretou várias canções em inglês, incluindo diversas covers de seu álbum-duplo Masters, lançado em 2013. Este é nitidamente um show formatado para o mercado internacional.
Pontualmente às 21 horas as luzes se apagaram e a banda começou a tocar uma introdução em clima de rock. A cortina se abriu e Rita entrou sorridente, cheia de energia, mandando beijos para a plateia. A música, no caso, era "All Night Long", de Bobby Darin, mas num arranjo eletrificado, bem diferente do swing que se ouve no álbum Masters. A cantora já iniciou resgatando sua veia roqueira dos anos 60. E não decepcionou. Embora o rosto não esconda seus 72 anos, sua movimentação de palco é pura juventude, dançando e saltitando com alegria. Houve realmente uma comunhão de euforia entre a artista e o teatro lotado de sessentões e setentões (e alguns de seus filhos ou irmãos mais jovens, como era o meu caso: levei minha irmã!).

Rita começou perguntando se queriam que ela falasse castelhano ou italiano. O público escolheu o idioma pátrio dela. E assim ela conversou bastante, simpaticíssima, comentando seu último álbum e lembrando os momentos marcantes de sua carreira. Muitos dos sucessos antigos foram apresentados com novas roupagens, mas sem descaracterizar a essência das composições: "Non é Facile Avere 18 Anni", "Alla Mia Etá", "La Partita di Pallone", "Come te Non C'é Nessuno", "Che M'Importa Del Mondo" (numa versão com partes em italiano, espanhol e francês), "Fortissimo" e "Il Ballo Del Mattone/Amore Twist". Já "Datemi un Martello", "Cuore" (que Rita anunciou como sua "signature song", assim mesmo, em inglês) e o final apoteótico com "Il Geghegé" tiveram seus arranjos originais preservados.
Ouviram-se também dois clássicos do cancioneiro italiano que Rita regravou: "Sapore di Sale" e "Io Che Amo Solo Te", em belíssimas interpretações. Das canções em inglês, foram apresentadas, entre outras, "What's the Matter, Baby", de Timi Yuro, "Where is the One", de Bobby Darin (com certeza um ídolo de Rita, que gravou 14 faixas originais dele em Masters) e uma versão incendiária de "Proud Mary", do Creedence, lembrando Tina Turner. Uma surpresa foi a homenagem a Roberto Carlos com "A Distância" em espanhol e francês. Na banda de apoio havia guitarra, baixo, teclado, uma vocalista e uma seção de metais com três instrumentistas.
Ao cabo de uma hora e meia, demonstrando um "cansaço feliz", Rita se despediu do público passando três vezes à beira do palco, não só apertando ou tocando as mãos de quem ali estava, mas também assinando rapidamente dois ou três autógrafos para fãs que lhe estenderam velhos compactos e uma caneta. Rita Pavone está em forma, com plena vitalidade e cantando como nunca. Alô pessoal de Curitiba, São Paulo e Rio: preparem-se para uma noite inesquecível!
Minha irmã Beatriz (Neca) assistindo à cantora de sua adolescência. Ela chorou em várias músicas.

2 Comments:

Anonymous celia said...

Oi Emilio adorei tuas fotos do grande espetáculo que foi Rita Pavone em Porto Alegre
dia 12 de maio de 2018. SENSACIONAL , BELEZA DE REPORTAGEM FOTOS abraços
Célia Pinto

2:52 PM  
Blogger Unknown said...

Como é bom ver vc falar de Rita Pavone! Ainda tenho a emoção de estar em S.P e R.J. para assistir seu show!
Matos não imaginavam o qto ELA é completa É atual! Obrigada!
Esperamos que ELA volte logo!

9:33 PM  

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