quinta-feira, julho 06, 2006

Os falsos Quintanas

Os textos apócrifos da Internet é um dos temas recorrentes neste blog. No entanto, nunca publiquei aqui a lista de "falsos Quintanas" que sempre divulgo no Orkut, tanto na comunidade "O verdadeiro Mario Quintana" como em qualquer outra em que o assunto vier à baila. Como aqui não existe a limitação de tamanho de mensagem do Orkut, terei espaço para fazer mais comentários. Atenção: os textos que serão citados abaixo não são de Mario Quintana! Não importa onde você os tenha visto com a autoria atribuída ao poeta.

Vamos começar com os dois mais freqüentes:

"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem. (...) Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."

Esse já foi declamado por Bruno e Marrone em seus shows e circula pela Internet das mais diversas formas. Existe até uma montagem sobre uma bela foto de dois namorados se beijando. A dificuldade maior em convencer os incautos de que não é de Quintana advém do fato de que o verdadeiro autor ainda não foi descoberto. Provavelmente se originou de algum blog a partir de um amontoado de frases, pois ele contém até mesmo uma citação (não creditada) de Saint-Exupery: "Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas." Já a frase do olhar e da longa explicação é tida como um provérbio árabe, inclusive aparecendo
aqui em inglês. Esse "Frankenstein" vem crescendo e recentemente ganhou mais um apêndice: a observação de que "para o homem provar que é homem, não precisa ter mil mulheres, basta fazer uma feliz".

O outro "campeão" dos blogs e e-mails costuma aparecer com o título de "Nada Como o Tempo" e começa assim: "Com o tempo você vai percebendo que, para ser feliz com outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela". E encerra com a afirmação clássica: "O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você". Ouvi dizer que até camiseta já apareceu no Brique da Redenção contendo essa frase e assinatura de Mario Quintana. Também não se sabe ao certo quem é o autor, mas pelo menos há uma página na Internet em que o poema aparece com a autoria de
Kátia Cruz. Já o ditado das borboletas também é atribuído a D.Ehlers. Se é verdade ou não, difícil saber, mas pelo menos já são alternativas de nomes para apresentar a quem perguntar.

Os cinco textos a seguir são de autoria de Martha Medeiros, mas também circulam como se fossem de Quintana:


Felicidade Realista
Promessas Matrimoniais
Sermão do Casamento (também conhecido como "Casamento na Igreja")
Sentir-se Amado
A Impontualidade do Amor

Aqui, é curioso que as pessoas atribuam a Quintana textos em prosa que nada têm a ver com o estilo dele. Talvez por influência de Vinicius de Moraes, existe uma falsa idéia de que todos os poetas de destaque falavam de amor. Quintana até falava, mas muito raramente. Ele tinha a pureza e a castidade de um menino. No entanto, a geração Internet quer imaginar aquele simpático velhinho usando de sua sabedoria para dar conselhos a casais enamorados. Mesmo que, para satisfazer a essa fantasia, coloquem em sua boca palavras como "sarado" (em "Felicidade Realista") e a citação de uma data quatro anos posterior à sua morte (em "Sermão do Casamento"). Martha fez menção a essas confusões mais de uma vez, notadamente em "
Clonagem de Textos" e "A Crônica Sobre a Desinformação"

Outro poema muito citado é "A Idade Para Ser Feliz". Seu verdadeiro autor é Geraldo Eustáquio de Souza, como pode ser conferido no link. Já "Amor é Síntese" merece ser reproduzido na íntegra, pois não só sua verdadeira autora é Mirtes Mathias, como o verso final aparece adulterado. Em sua versão apócrifa, o poema termina com a frase: "E eu serei perfeito amor". O correto é:

Por favor, não me analise

Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

(Do livro "Bom dia amor!", Mirthes Mathias, Juerp, 1990)
 
(P.S.: Atenção para o poema em sua versão certa! Tem gente corrigindo a autoria, mas deixando os versos incorretos. Existe uma diferença enorme entre "eu serei perfeita, amor" e "eu serei perfeito amor". A mudança de gênero e a falta da vírgula alteram completamente o sentido.)

Às vezes o verdadeiro autor de um texto ou poema de grande sucesso é um ilustre desconhecido. Ou, para ser mais exato, uma ilustre desconhecida. Um dos mais populares "falsos Quintanas" é aquele que começa: "Não quero alguém que morra de amor por mim." E depois de uma série extensa de versos, como Quintana jamais escreveria, termina assim: "Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão, que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena!" No "Yahoo Respostas", nada menos do que três iluminados afirmaram categoricamente que o poema se encontra na coletânea "80 Anos de Poesia", de Quintana (cliquem aqui para ver com os próprios olhos). Mas sua autora é uma moça chamada Adriana Britto, que pode ser encontrada no Orkut.

Já o poema que se tornou conhecido com o nome de "Deficiências" ou "Dicionário do Quintana" é na verdade a parte final de um texto redigido pela professora
Renata Vilella, da escola Flor Amarela. As frases da professora ("Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, etc.") foram rearranjadas em forma de versos e acabaram se tornando um libelo contra o preconceito. Mas Quintana jamais escreveria algo parecido. Hoje a professora luta para ver sua autoria reconhecida, mas esbarra na teimosia costumeira de quem ainda confia cegamente na Internet. Na seção "Notícias On-line" do site da escola, ela comenta:

Há meses recebi um e mail dizendo que circulava na internet o texto que está escrito na minha apresentação como sendo de autoria de Mário Quintana, não levei a sério, para falar a verdade me senti até honrada, porém quando o senado federal divulgou no folder do Dia Nacional de Valorização da Pessoa com Deficiência escrevi uma mensagem para o Senador Flávio Arns, autor do projeto, pedindo que esclarecesse, mas não obtive resposta. Como o texto foi escrito no final de 1990, quando eu estava indo para o interior de Minas e Mário Quintana ainda era vivo, nem psicografado pode ter sido. 


Já os versos abaixo são de Carlos Moreira:

Que fique muito mal explicado
Não faço força para ser entendido
Quem faz sentido é soldado

 
"O Laço e o Abraço" é de Maria Beatriz Marinho dos Anjos.

"Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue, porque nem sempre existe palavra para dizer tudo." Até prova em contrário, essa frase parece ser original da Homília da Missa de despedida do Padre Nei Nélson da Paróquia Santíssima Trindade de Ceilândia - DF.

"De repente tudo vai ficando tão simples que assusta." O longo texto que começa com essa frase é de Elaine Matos.

"Aos 3 anos ela olha para si mesma..." (e vários outros versos começando da mesma forma, com idades diferentes). Esse poema já apareceu com o título de "Mulher Fenomenal" e "Chapéu Violeta". Supostamente, a autora é a americana Erma Bombeck. Mas, em sites estrangeiros, o texto aparece com inúmeras variações, o que me leva a crer que mesmo a atribuição a Erma Bombeck é suspeita. Mas com certeza não é de Quintana.

"Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida. O que importa é o que ficou deste minuto, desta hora, desta vida. Lembra que o que importa é tudo que semeares, colherás. Por isso, marca a tua passagem. Deixa algo de ti, do teu minuto, da tua hora, do teu dia, da tua vida." O autor desse texto, segundo consta nesta página aqui, é Tony Filho.

Outros exemplos de apócrifos atribuídos a Quintana, mas de autores desconhecidos:

Algo sobre o amor ("Para meus amigos que estão solteiros... casados... etc.").
Amadurecimento ("Aprenda a gostar de você, a cuidar de você, e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.")
"Se for para esquentar, que seja no sol, se for para roubar, que seja um beijo, etc."
"Sentir primeiro, pensar depois/ perdoar primeiro, julgar depois, etc."

A criação da x----- (Este eu estou acrescentando a posteriori, pois é incrível a quantidade de incautos que tem repassado esse poema pornográfico acreditando mesmo que Quintana o escreveu. Esses deveriam receber uma penitência: escrever 100 vezes "Eu não entendo nada de Mario Quintana". Até aprender.)

A cada dia parece surgir um novo texto ou poema falsamente atribuído a Quintana (vide o adendo acima - outros virão, se necessário), de forma que é praticamente impossível compilar uma lista completa. Esta foi iniciada por Lúcia Kerr Jóia, da comunidade "
Afinal, Quem é o Autor", depois veio sendo atualizada com a ajuda de vários colaboradores, como Jane Araújo, Westh Ney e outros. Por fim, existe um poema que é, sim, de Quintana, mas aparece na Internet de forma totalmente modificada, a começar pelo título de "O tempo" ou "A vida", ambos errados. Eis o poema correto (atenção: este é o único Quintana verdadeiro neste post!):

SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS


A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
 
Esse é o poema completo, mas os "amantes do óbvio" enxertaram o verso "quando se vê, perdemos o amor da nossa vida" e acrescentaram o seguinte final: "E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará." Há variações, mas não importa: são adendos indevidos.


O livro "Poesia Completa", da Editora Nova Aguilar, contém toda a obra de Quintana. Não fosse um volume caro (o preço de lista é 170 reais), seria o presente perfeito para os cabeçudos que acreditam piamente quando recebem um poema com o nome de Quintana por e-mail, mas pedem mil provas quando o verdadeiro autor se apresenta. O que não estiver ali, não é dele. E quando alguém vai avisar a Ana Maria Braga para que deixe de ler no ar poemas enviados por telespectadores? Essa é a melhor maneira de disseminar apócrifos! Depois ela ainda publica os textos no site do programa dela. Os "Quintanas" que estão lá são todos falsos!

74 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"A felicidade nos olhares dos outros é loucura... Por isso sorria, mesmo q chamem você de louco(a).
Por que se a vida não fosse um parque de diversões, não teria a menor graça. Nossa loucura é a mais sensata das emoções; tudo o que fazemos deixamos como exemplo para os que sonham um dia em serem assim como nós: loucos... Mas felizes!"

esse é de Mário Quintana certo?

10:41 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não conheço, mas não deve ser. Quintana não dava conselhos de autoajuda, tipo "portanto faça isso, porque a vida, blá blá blá..." Vou lançar a questão lá na comunidade "Afinal, quem é o autor?" no Orkut.

11:29 AM  
Blogger paula nogueira said...

Olá Emilio! Adorei o seu Blog. Vc sabe se esta frase é do Quintana: "O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser". Achei-a inserida nesse texto (que não parece ser do Quintana): Amor não é se envolver com a “pessoa perfeita”,aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém
que nos transforme no melhor que podemos ser.”

10:06 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não, Paula, não é dele. Quintana não dava conselhos de amor. Qualquer texto ou poema que aparecer dando conselhos de amor não é dele.

10:13 PM  
Blogger paula nogueira said...

Obrigada, Emilio! Vi sua comunidade no Orkut Afinal, quem é o autor? Gostaria muito de ingressar nela. Sou sócia e diretora de arte da Benedito Design <www.beneditodesign.com.br, criamos cartões com citações. Todo cuidado é pouco nesse "metier". Foi ótimo ter conhecido seu blog.

10:47 PM  
Blogger paula nogueira said...

A propósito, Emilio, você sabe de quem é esse texto? Vc acha que poderia ser da Martha Medeiros?

10:48 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não conheço o autor. Não me consta que seja da Martha Medeiros. Realmente, trabalhar com citações, na era da Internet, é um risco. Aconselho a não incluir nada atribuído a Luis Fernando Verissimo (que não escreve textos românticos ou de autoajuda), Mario Quintana ou Arnaldo Jabor. A comunidade "Afinal, Quem é o Autor" é ótima, mas não foi criada por mim.

8:52 AM  
Blogger paula nogueira said...

Como posso ingressar na comunidade? Acredito que depois de anos pesquisando frases, posso contribuir. Vc poderia ser o meu "pistolão"? abs, Paula

12:06 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não precisa de "pistolão". Se você tem Orkut, é só ir lá e se inscrever. E seja bem-vinda.

5:32 PM  
Blogger Unknown said...

Olá, por favor pode me ajudar?
Estou prestes a encomendar um destes adesivos de parede com a frase:

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo." Mario Quintana

Mas seu blog acabou me deixando com a pulga atrás da orelha se é realmente dele.
Por favor, assim que puder me ajude.

Muito Obrigado.
P.S: ÓTIMO BLOG MESMO....

9:26 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Sim, é dele, mas a pontuação correta é:

""Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo..."

Abraços.

9:32 AM  
Anonymous Luiz Cavalari said...

Você sabe me dizer em que livro do Mario Quintana o poema "O poeta começa dia" (belíssimo) foi publicado pela primeira vez?
Só o vejo citado nas Antologias.

5:54 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não sei, mas repassei a consulta à comunidade "O verdadeiro Mario Quintana" do Orkut. Lá os experts saberão responder.

8:04 PM  
Anonymous Anônimo said...

Adorei o seu blog! Muito esclarecedor sobre Mario Quintana!

5:00 PM  
Anonymous Thaianny said...

Inexplicavelmente inteligente seu Blog. Adorei o objetivo. Meus agradecidos parabéns.

1:47 PM  
Anonymous Eloá said...

Oi Emílio, faço parte das Comunidades do orkut "Afinal, quem é o autor" e "O verdadeiro Mário Quintana". Por meio delas cheguei até você e spo me resta lhe dar os parabéns pela inteligência do blogger. Até mais!

9:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Sempre digo que só Mario Quintana me entederia...mas fiquei preocupada com tantos falsos quintanas que "eles passarão.Eu passarinho!"
Parabéns pelo seu blog e esclarecimentos! abraços Priii

4:37 PM  
Blogger Fatima Hernandes said...

Apócrifos são uma M...
Já encontrei de "um tudo" na internet... Esse é o problema: as pessoas tomam como verdades sites duvidosos, não lêem e querem "pagar de intelectualizadas" usando frases "cabeças" em seus orkuts, facebooks ou qualquer um desses sites de relacionamentos.
Vixe e essa coisa só tende a piorar.
Já vi camisetas com o nome de Quintana e aquela frase horrorosa do jardim de das borboletas.
Já encontrei poemas de "autoria" de Fernando Pessoa que não passavam de letras traduzidas de musica gospel...
Já encontrei frases atribuídas a Goethe que nada mais eram de Florbela Espanca...
Virou um fuzuê a internet! Sabe-se lá onde isso vai parar.
Ainda bem que existem pessoas como você.

10:47 PM  
Anonymous Anônimo said...

Quero todo o teu espaço
e todo o teu tempo.
Quero todas as tuas horas
e todos os teus beijos.
Quero toda a tua noite
e todo o teu silêncio.

é do quintana?

11:56 PM  
Anonymous VivianMarjorie. said...

oi, estou fazendo um trabalho de um recital de poemas de Quintana, vc poderia me informar se o poema TEMPO é dele :
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

4:56 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Vivian, a resposta está no próprio texto! Vale a pena ler até para ver se não há outros "falsos Quintanas" no seu recital.

7:12 PM  
Blogger Cássia said...

Olá!

a frase: "A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!" é do Mário Quintana?

Grata,

Rita de Cássia

6:34 AM  
Blogger paula nogueira said...

Emilio, vc sabe de que livro é esse poema do Quintana:

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

5:40 PM  
Anonymous Anônimo said...

http://www.adrianabrito.arte.nom.br/
FALANDO PISTOLÃO TEM GENTE QUE TEM UM NA GLOBO !EM BRASILIA EM TANTOS NO MAAIS VC E EM OUTROS LUGARES RSRSR DEIXANDO A QUESTÃO SER OU NÃO SER EIS MINHA QUESTÃO VC TEM RESPALDO DA FAMILIA QUE POSSUA JUNTAMENTE COM PESSOAS LIGADAS A FAMILIA DO AUTOR OU DETENTORES DAS OBRAS M.QUINTANA QUEM TENHA RESPALDO PARA AFIRMAR SUAS TESES GOSTARIA QUE APRESENTA-SE PARA PODER DIVULGAR O SEU TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO E JORNALISMO

3:52 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Adriana, não entendi bem o que você quis dizer. Eu já fui apresentado à sobrinha do poeta, Elena Quintana. Ela elogiou bastante o trabalho que alguns admiradores (eu sou apenas um deles) fazem na Internet para esclarecer as verdadeiras autorias dos textos atribuídos a Quintana. Seria um exagero chamar esse meu texto de "trabalho de investigação e jornalismo". Existem alguns pontos que ainda precisam ser mais bem investigados. Por exemplo, consegui uma edição do livro "Bom Dia, Amor", de Mirthes Mathias, e ele não traz o poema "Amor é Síntese". Mas também não é edição da Juerp.

Aos demais que perguntaram sobre a autoria de poemas, sugiro que encaminhem essas questões nas comunidades "O verdadeiro Mario Quintana" e "Afinal, Quem é o Autor", pois os verdadeiros experts estão lá, sempre prontos a ajudar.

12:16 AM  
Anonymous Anônimo said...

"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."
é do Quintana?

7:38 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

"Faça o que for necessário para ser feliz..." Não, com certeza não é de Quintana. Quintana não dava conselhos de vida, muito menos assim tão diretos e óbvios.

7:53 PM  
Blogger Anie said...

Chorei com esse port...rsrsrsrsrs

É duro ver esses falsos Quintanas, vejo a rodo em "status de orkut" eu, que o admiro desde a 4º série, sempre "rachei o bico" desse povo que posta essas coisas!

8:00 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Obrigado, Anie. O difícil é convencer alguns internautas que já partiram do "Quintana errado", por assim dizer, que o "Quintana certo" tem um estilo bem diferente do que eles imaginam. Quintana não era "conselheiro amoroso" nem escritor de autoajuda. Muitos desses fãs do falso Quintana provavelmente não gostariam do verdadeiro, pois é uma proposta bem diferente e sutil de poesia.

Outra falsa ideia é de que Quintana era tolerante e paciente. Já ouvi muita gente dizer que "o próprio Quintana não se importaria" com esses equívocos. Por tudo o que já li sobre ele, digo que ele ficaria furioso! Bem mais do que Jabor e o resignado Verissimo. Quintana não tinha paciência, "cortava" os chatos que lhe procuravam para "tietar" sem o menor constrangimento. E ficava entediado quando os novos poetas vinham lhe mostrar seus poemas.

Em suma, o verdadeiro Mario Quintana não tinha nada a ver com essa figura de ficção que se criou na Internet.

9:27 PM  
Blogger Regina said...

Olá Emílio,

Li um poema atribuído à Mário Quintana e gostaria de sua opinião sobre a autoria:

O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

É de Mário Quintana? O que acha?

8:51 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Regina, repito o que já disse à VivianMarjorie, que por sinal perguntava sobre esse mesmo poema: leia o meu texto e terá a resposta.

9:16 AM  
Blogger Madame said...

Oi amigo Emílio , adorei visitar teu blog, fiz uma pesquisa sobre o poema "A idade certa para ser feliz". Encontrei aqui. Sempre achei que era de Mário Quintana, mas encontrei no teu site o nome do verdadeiro autor.
"A Idade Para Ser Feliz". Seu verdadeiro autor é Geraldo Eustáquio de Souza,parabéns, continues assim e tb visite meu blog podemos fazer parceria, não são os mesmos assuntos, mas também gosto muito de poemas e principalmente saber verdade. beijos Iarema Simchen www.blogdamadame.com

7:56 PM  
Blogger Madame said...

Oi amigo Emílio , adorei visitar teu blog, fiz uma pesquisa sobre o poema "A idade certa para ser feliz". Encontrei aqui. Sempre achei que era de Mário Quintana, mas encontrei no teu site o nome do verdadeiro autor.
"A Idade Para Ser Feliz". Seu verdadeiro autor é Geraldo Eustáquio de Souza,parabéns, continues assim e tb visite meu blog podemos fazer parceria, não são os mesmos assuntos, mas também gosto muito de poemas e principalmente saber verdade. beijos Iarema Simchen www.blogdamadame.com

7:58 PM  
Anonymous Lulu said...

Cheguei ao blog por meio do orkut e amei. Vou virar frequentadora assídua. Adoro nossos poetas e escritores. Nada contra literatura internacional, mas sinceramente pra quê? Tanta coisa "boa demais da conta" na nossa própria língua. Enfim, amei!

9:56 AM  
Anonymous Ana said...

Existem várias vesões dessa frase pela Internet e não sei qual é a correta. Tu saberias me dizer?

"E que fique tudo mal explicado, não faço questão de ser entendido, quem faz sentido é soldado".

12:00 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Ana, a única versão que conheço é essa que citei no texto, de Carlos Moreira.

3:49 PM  
Anonymous Maria Helena Grehs said...

Para Paula Nogueira: "Canção do dia de sempre" é do livro "POESIAS" (1962), com 5a. edição em 1981, Ed. Globo, POA/RS.É de muita utilidade este Blog. Obrigada!

6:38 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Obrigado por sua resposta, Maria Helena, mas "Poesias" é uma coletânea, certo? Continuamos devendo a resposta sobre o livro original. Quando eu estiver menos atarefado, quero ver se lembro de pesquisar isso.

6:52 PM  
Blogger paula nogueira said...

Obrigada, Maria Helena e Emílio, pela resposta à minha pergunta sobre de que livro é "Canção do Dia de Sempre". Reitero, Emílio, que seu blog é de grande utilidade! Mais uma vez obrigada. Paula

9:37 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Como eu suspeitava, "Canção do Dia de Sempre" é original do livro "Canções".

10:23 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá Emilio! E dessa famosa frase: 'Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho', quem é o autor?

3:22 PM  
Blogger Caca said...

Olá, Emílio. Prazer em comentar aqui nesse seu excelente blog. Isso acontece muito também com textos de L.F. Veríssimo, Clarice Lispectos e Arnaldo Jabor. No mes passaso , o Veríssimo chegou até a publicar uma crônica em jornal impresso, com o título NÃO FUI EU, explicando não ser dele um texto que criticava o BBB. Esse negócio chega a ser irritante. Parabéns pela iniciativa e o meu cordial abraço. Paz e bem.

6:45 PM  
Anonymous Eduardo Gaui said...

Boa tarde Emílio, e prazer em conhecer seu blog. Obrigado por esclarecer o que realmente é de Quintana. Só acredito que seja de Mário Quintana, quando publicado. Estou certo? Vc saberia dizer se existem inéditos de Mário Quintana? Um forte abraço, Eduardo.

5:43 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Olá, Eduardo. Não me consta que haja poemas não publicados de Quintana "em circulação". O que não estiver em livro DELE, não é dele. É importante enfatizar livro DELE, pois já vi citações indevidas dele em livros de outros.

2:37 AM  
Blogger Rose Guimarães said...

Olá, está matéria é ótima. Está parabéns. Eu possui um Blog [Tumblr] e publico citações e poemas, e por diversas vezes me questiono se realmente é do autor. E Sempre procurei me informar, mas como foi dito nesta matéria, várias afirmações nos deixam confusos. Eu já fiz algumas correções no meu Blog.

1:51 PM  
Blogger jjrastero@gmail.com said...

Emílio, parabéns pela iniciativa e pelos esclarecimentos. Faço votos que as informações dadas sejam repercutidas e tragam um pouco mais de interesse à leitura, para a pesquisa e sabedoria literária.
A preguiça de ler textos é tão absurda por parte das pessoas, que nos comentários de seu blog visualizei duas pessoas que postaram o mesmo poema já divulgado no corpo do texto. Não as condeno, nota-se apenas que os comandos "ctrl+f", "ctrl+c" e "ctrl+v" existem para facilitar a divulgação de equívocos.
Abraço

8:24 AM  
Anonymous irani arruda said...

Achei mesmo muito estranho alguns escritos mandados por amigos meus atribuídos ao Mário Quintana. Comecei a gostar dele justamente por não escrever poemas melosos e sentimentalistas e,como você disse, não dar conselhos sobre a vida e o amor.

3:44 PM  
Blogger Sílc said...

Emílio, fui apresentada à sua Casa, por uma prima Professora, revisora de português. Só tenho a lhe agradecer pelo texto amplo, que li na íntegra. Obrigada pelo aprendizado. Se visitar minha Casa verá o quanto Quintana é presente na minha história. Ao te ler aprendi: Tenho que ficar mais atenta!
Com amor e carinho,
Sílvia Costardi
http://www.silviacostardi.com/

12:21 PM  
Blogger Zaira da Rosa said...

"somos donos dos nossos atoas mas não somos donos dos nossos sentimentos - somos culpados pelo que fazemos mas não pelo que sentimos"...
Isso não é do Quintana...

4:50 PM  
Blogger Marcos França said...

Parabéns, Emilio, pelo trabalho.
Também tenho alertado sobre esses textos apócrifos atribuídos ao poeta. Eu, como admirador da obra de Quintana, não me conformo em ver tanta bobagem "assinada" por ele. Cito sempre essa sua página para quem quer aprender um pouco mais sobre o poeta de Alegrete. Grande abraço!

10:41 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Obrigado pela visita e pelo incentivo, Marcos. Volte sempre.

11:28 AM  
Blogger Tia Regan said...

Emilio, parabéns pelo blog, estou compartilhando porque se tem algo que me irrita, e muito, na vivência literária, são os apócrifos.
Achar que Quintana escreve auto ajuda é o fim!E pior é repassar textos absurdamente superficiais e clichet como se fosse do grande poeta!
Basta ler(e sentir)o autor que percebemos a discrepância destes textos com o estilo Quintana de ser.
Seu blog foi para mim uma espécie de oásis neste deserto cultural virtual.

10:22 AM  
Anonymous Raquel Gomes said...

Lavei a alma. Inclusive, compartilhei a página no Facebook sob a seguinte introdução:

Apesar do que disse o próprio Quintana: "Qualquer ideia que te agrade, / Por isso mesmo... é tua. /
O autor nada mais fez que vestir a verdade / Que dentro em ti se achava inteiramente nua" (eu juro que esse é dele), não vamos apelar nas atribuições, né? Dói, sabe, gente, ver seu poeta favorito rebaixado a autor de frase de para-choque de caminhão! De conselheiro amoroso ou escritor de auto-ajuda, meu queridíssimo Mario não tem nada! E cansei de repetir isso quando me vinham com as tais das borboletas! Mas, finalmente, uma alma caridosa juntou cada um dos textos que me davam calafrios quando apareciam com um "M.Q.-zinho" no final. Tem mimimi demais? Desconfie! O Quintana é PHYNO, gente. Claro, bem humorado, leve, sagaz, "epifânico", surpreendente, esse é o Quintana! Doce, sim, mas sem nhe-nhe-nhem! Então, vale a pena dar uma lida na compilação aí embaixo. E nos poemas do Quintana. Os verdadeiros!

Atenciosamente,

Mario Quintana (psicografado).

Obs. Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector agradeceriam se fizessem o mesmo com as suas falsas atribuições, mas seria uma pesquisa de anos. Ah, e "Com o tempo você aprende..." que o Shakespeare não escrevia assim.

Haha.

Excelente pesquisa! Parabéns, e muito grata!

6:38 PM  
Anonymous siaromaniram said...

Este da borboleta eu morri de procurar na obra completa do quintana e não achei nada... hehehe Muito legal seu post!

2:45 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu sabia que existiam "apócrifos" (usando a terminologia do Emilio Pacheco) na internet, mas não tinha ideia de que eram tantos e tão descaradamente absurdos!
Mas, lendo o texto e alguns comentários, tenho um leve palpite do porquê essas coisas acontecem: essa geração internet tem muita, muita preguiça. Preguiça de escrever, preguiça de ler, preguiça de pensar. Duas pessoas perguntaram acerca do poema "Seiscentos e sessenta e seis", assumindo, sem nenhum constrangimento, que não leram o texto do blog antes de encaminhar uma pergunta. Cuidado, Emilio, do jeito que as coisas estão, alguns desses textos de autoria desconhecida poderão ser atribuídos a você... rs!
Parabéns pelo blog.

1:11 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá Emílio,
Preciso saber em que livro está escrito e se realmente pertence ao Mário Quintana a frase que diz:"O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar vazio... De quem por ele passa indiferente." (Mário Quintana)
Ps. É muito importante eu saber da veracidade dessa frase, pois estou preparando um trabalho acadêmico e gostaria de cita-lo no meu trabalho.
Um abraço.

11:42 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Segundo a "colega" pesquisadora Rosângela Aliberti, o poema certo é:

Jardim Interior

Todos os jardins deviam ser fechados,
Com altos muros de um cinza muito pálido,
onde um fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho e os cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.

Mario Quintana
In: Mario Quintana - Poesia Completa
A Cor do Invisível
Editora Nova Aguilar
p. 858

4:53 PM  
Blogger Recados Rimados said...

Olá Emilio,
obrigada por esclarecer sobre poemas de Quintana. Ontem mesmo fiz uma "errata" na minha página do facebook e hj fiz referência ao seu blog num dos comentários.
Entretanto, não sei se alguém já comentou, os links apontando os textos da Martha Medeiros abrem um site "match.com".
Como esse post é de 2006, é possível que essa seja a razão.
É possível rever os links?
Por fim, mas ainda em tempo: parabéns pelos 10 anos do blog!!!
Grata pela atenção.
Maria Francisca Motta

7:35 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Infelizmente as páginas que continham os textos da Martha Medeiros não estão mais no ar há bastante tempo. Mas, da última vez que procurei, não achei nenhum site confiável que pudesse servir para substituição. Muita gente copia os textos de qualquer jeito. É uma pena, pois aqueles links eram legítimos de um site (Almas Gêmeas) para o qual a Martha colaborava. Vamos ver se eu consigo achar páginas confiáveis para fazer a indicação.

7:42 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá, Emilio!

Acabei de me deparar com o seguinte texto que, a meu ver, não é de autoria do Quintana por não apresentar nenhuma característica do seu estilo.

-"Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue,porque nem sempre existe palavra para dizer tudo.(...).

Gostaria de sua ajuda.

Grata,
Inês

9:09 AM  
Blogger Cássia said...

Esse é dele?

"Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…

E que esse momento será inesquecível…

Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém… e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…

Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros…

Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena!!”

(Mário Quintana)

10:57 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Mais um pra lista, Inês. Já tinha visto. Faz pouco tempo que apareceu. Com certeza não é Quintana. Dei uma pesquisada na Internet e concluí que deve ser original da "Homília da Missa de despedida do Padre Nei Nelson" da Paróquia Santíssima Trindade de Ceilândia. Ainda hoje quero fazer o adendo. O link está abaixo:

http://www.santissimatrindade.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=420%3Ahomilia-da-missa-de-despedida-do-padre-nei-nelson-de-nossa-comunidade&catid=14%3Adestaques&Itemid=99

5:34 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Cássia, sobre esse que você postou... leia o meu texto e terá a resposta!

5:35 PM  
Blogger Cássia said...

É dele?

"Havia um tempo de cadeiras na calçada
Era um tempo em que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças brincavam sob a claraboia da lua. E o cachorro da casa era um grande personagem. E também o relogio da parede! Ele não media o tempo simplesmente:ele meditava o tempo "

5:00 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

É dele, sim, Cássia. Não consegui localizar o livro original, mas achei numa coletânea. E esse é bem o estilo dele.

9:59 PM  
Blogger Raquel said...

Emilio, boa tarde

Tem um poema na internet que é atribuído ao Quintana,
o nome é "quem sabe um dia"; depois de ler
em seu blog fiquei um pouco preocupada, pois não
achei a fonte, nem referência da obra. Você sabe
me dizer se é do Mario Quintana, e em qual obra foi
publicado.

Att,

1:46 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Não acredito que seja dele. Não me consta que Quintana em alguma vez tenha feito um poema com versos repetitivos, tipo "um dia descobrimos isso, dia descobrimos aquilo". Esse "quem sabe um dia" eu encontrei junto a um amontoado de versos desconexos, incluindo aquele "viver primeiro, morrer depois", etc. Não é o estilo dele. É uma pena que os falsos Quintanas estejam sendo objeto de vídeos e declamações.

10:12 PM  
Anonymous Angela Maria Vilas Boas said...

Olá, Emilio, bom dia!!!
É do Mario:
"Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue,
porque nem sempre existe palavra para dizer tudo."

E sendo dele,se possível, me diga, por favor, em que livro está. Obrigada!

7:26 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Angela, a resposta está no texto. Leia até o fim.

7:33 AM  
Blogger Unknown said...

Maravilha de blog! Todos os "homenageados" com textos apócrifos mereciam um blog assim, uma espécie de desagravo. Não sei qual autor saiu-se com essa: E eu lá ia escrever algo piegas assim?" Vou divulgar seu blog. Parabéns!!

1:16 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Obrigado, Tania!

4:18 PM  
Blogger Maria Lúcia Cunha Carneiro said...

Boa tarde! Esse texto está na internet como se fosse de Quintana. Não creio que seja. Gostaria que fosse verificado. Obrigada! Parabéns pelo seu trabalho. Acho de grande importâqncia.
"Hoje queria um dia
feito de horas de oferecer.
Porque há dias diferentes.
Dias especiais em que queremos encomendar o sol,
a luz do horizonte, a doçura do ar.
Queria oferecer um dia hoje.
Um dia perfeito.
Embrulhado em momentos guardados.
Talvez com uma fita cor de certeza calma, e um laço pleno de voltas cúmplices. Só um dia.
Dado assim ... "

11:29 AM  
Blogger Maria Lúcia Cunha Carneiro said...

Boa tarde! Esse texto está na internet como se fosse de Quintana. Não creio que seja. Gostaria que fosse verificado. Obrigada! Parabéns pelo seu trabalho. Acho de grande importâqncia.
"Hoje queria um dia
feito de horas de oferecer.
Porque há dias diferentes.
Dias especiais em que queremos encomendar o sol,
a luz do horizonte, a doçura do ar.
Queria oferecer um dia hoje.
Um dia perfeito.
Embrulhado em momentos guardados.
Talvez com uma fita cor de certeza calma, e um laço pleno de voltas cúmplices. Só um dia.
Dado assim ... "

11:30 AM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Maria Lúcia, vou ficar te devendo essa resposta. Esse eu não posso afirmar que não é de Quintana sem uma pesquisa mais minuciosa. Tem um "quê" dele. Excluindo o nome "Quintana" das pesquisas, apareceu uma autora chamada Lucia. Só isso, Lucia. Imagino que não seja dele. Os falsos Quintanas aparecem e viralizam. Não consigo imaginar um Quintana verdadeiro e pouco conhecido surgindo de uma hora para outra. Mas, por enquanto, não sei responder.

7:46 PM  

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